quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MARTINHO LUTERO: O REFORMADOR (1483-1546)

31 de outubro - DIA DA REFORMA PROTESTANTE

Conhecido como o Pai do Protestantismo e reformista da Igreja Católica, Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483 em Eisleben, Alemanha. Foi um monge agostiniano abortista alemão, teólogo e professor universitário. Era de família pobre. Para alimentar seus sete filhos, os pais de Martinho trabalhavam incansavelmente. O pai trabalhava nas minas de cobre e a mãe além do serviço doméstico, trazia lenha às costas, da floresta.
Dedicados, os pais se interessavam também pela vida espiritual dos filhos. Foi na infância que deu os primeiros passos na caminhada cristã. Ainda criança, seu pai o ensinou a ajoelhar-se ao lado da sua cama, a noite e o ensinava a orar. Sincera e devota, sua mãe ensinou os filhos a considerar os monges como homens santos e a sentir todas as transgressões dos regulamentos da igreja como transgressões das leis de Deus.
Apesar das incessantes devoções, a base de religião de Martinho formava-se mais em que Deus é um juiz vingativo e um pai carrasco do que um amigo de crianças. Isso porque foi ensinado a considerá-lo como um juiz encolerizado como ele próprio descreveu: “Estremecia e tornava-me pálido ao ouvir alguém mencionar o nome de Cristo, porque fui ensinado a considerá-lo como um juiz encolerizado. Fomos ensinados que devíamos, nós mesmos, fazer propiciação por nossos pecados; que não podemos fazer compensação suficiente por nossa culpa; que é necessário recorrer aos santos nos céus e clamar a Maria para desviar de nos a ira de Cristo”.
Dotado de superior inteligência, aos 13 anos o pai de Matinho mandou para a escola franciscana de Magdeburgo. Para conseguir se manter, Martinho era obrigado a esmolar pelas ruas, cantando canções de porta em porta. Penalizados com a situação do filho, os pais de Martinho, o mandaram para Eisenach, local onde moravam parentes de sua mãe, mas esses, não o auxiliaram e ele voltou a mendigar o pão.
Prestes a desistir dos estudos, uma senhora de recursos D. Úrsula Cota, sensibilizada pela humildade com que Martinho recebia qualquer resto de comida e comovida por suas orações na igreja, resolveu acolhe-lo. No seu novo lar, Martinho experimentou pela primeira vez fartura, além disso, sentiu-se bem acolhido e amado. Martinho desenvolveu-se rapidamente, recebendo uma sólida educação.
Após a morte de D. Úrsula, os pais de Martinho alcançaram privilegiada condição financeira. O pai alugou um forno para fundição de cobre e depois passou a possuir mais dois. Foi eleito vereador na sua cidade e começou a fazer planos para educar seus filhos.
Aos 18 anos, o pai de Martinho o enviou para uma universidade em Erfurt, considerado o centro intelectual do país, onde cursavam mais de mil estudantes. O jovem estudante graduou-se bacharel em 1502 e concluiu o mestrado em 1505, sendo o segundo entre dezessete candidatos. Seguindo os desejos paternos, inscreveu-se na escola de Direito da mesma Universidade.
No entanto, tudo mudou. Ao voltar da casa de seus pais, Lutero experimentou uma grande tempestade. Um raio caiu próximo de onde ele estava passando e, aterrorizado, gritou então: "Ajuda-me, Sant'Ana! Eu me tornarei um monge!”
Dias depois, convidou seus amigos para cearem com ele. Após a refeição, enquanto eles se divertiam, repentinamente anunciou-lhes que dali em diante seria monge entraria para o convento. Antes de completar 22 anos, Lutero já se dirigia ao convento dos agostinianos.
No mosteiro Lutero se destacava pela sua submissão, humildade e dedicação. Apesar das muitas tentativas de seus amigos pra que largasse a vida religiosa, ele sabia o que queria e continuou firme nesse propósito.
Certo dia, achou em uma biblioteca, uma velha Bíblia latina e começou a lê-la. Seu amor pela Palavra de Deus era tão profundo, que passou a dedicar todas as horas de seu dia em estudar e se aprofundar nas Sagradas Escrituras. Ficou mais determinado do que nunca a alcançar a paz para a sua alma e para isso, passava noites em profundos jejuns. Pouco tempo depois, foi ordenado padre.
Depois de completar 25 anos de idade. Lutero foi nomeado para a cadeira de filosofia em Wittenberg, para onde se mudou, mas sua alma continuava anelando pela Palavra de Deus, por isso, entre tantas ocupações, se dedicava também ao estudo das Sagradas Escrituras.
Através de uma leitura intensa e muita oração, Martinho Lutero abominava tudo aquilo que era contrário ao que a Bíblia ensinava. Em Roma, durante uma visita, rejeitou a corrupção generalizada do local. Isso foi apenas mais um motivo para que se dedicasse a conhecer ainda mais as Sagradas Escrituras. Tanta de dedicação o consagrou pregador na cidade Wittenberg e ali, ele experimentou o mover sobrenatural do Espírito Santo.
Lutero levou o povo a considerar a verdadeira religião e pregava não somente a virtude, mas praticava-a, amando verdadeiramente o próximo. O jovem pregador começava a trabalhar incansavelmente contra a igreja e sua fama espalhou-se até longe.
Em l3 de junho de 1525, casou-se com a freira Catarina von Bora, filha de nobre família. Dessa união nasceram seis filhos: Johannes, Elisabeth, Magdalena. Martin, Paul e Margaretha. O casamento de Lutero com a ex-freira motivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana.
Durante sua vida, Maninho não se intimidou com as ameaças dos poderosos da época e mesmo pondo sua vida em risco, arriscava-se em prol do evangelho e em fazer a vontade de Deus.
Com uma vida cheia de fé a amor, o reformador ensinou lições preciosas para todos. Antes dele, o sermão nos cultos era de pouca importância, mas Lutero fez do sermão a parte principal do culto. As mensagens do Senhor fluiam do mais intimo do seu coração e todos sentiam a presença de Deus. Apesar de sua indiscutível inteligência, passava horas na presença de Deus dedicando-se a oração e leitura da Bíblia. Essa era a razão de tamanho fervor.
Apesar das incessantes ameaças do papa de queimá-lo vivo, em 18 de fevereiro de 1546, em Eisleben, Lutero morreu vítima de ataque do coração. Suas últimas palavras evidenciam o seu grande amor a Deus: "Oh! Meu Pai Celeste! Meu Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, em quem eu creio e a quem preguei e confessei, amei e louvei! Oh! Meu querido Senhor Jesus, encomendo-te a minha pobre alma. Oh! Meu Pai celeste! Em breve tenho de deixar esse corpo, mas sei que ficarei eternamente contigo e que ninguém me pode arrebatar das tuas mãos”
Que a perseverança, amor e dedicação a Deus de Martinho Lutero, nos impulsione a nos deleitarmos na presença do Senhor e a buscarmos a Sua presença em nossas vidas a cada dia. Lutero foi um exemplo de abnegação e humildade. Suas palavras ficaram gravadas nos corações de milhões de almas e ainda hoje, produzem frutos por toda a eternidade.

Retirado da Revista Ebenézer jul/dez 2010

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